sexta-feira, junho 09, 2006

Mais um engano

Grande Revelação


Eu sou o José de Sousa Rabito Magro, um utente da farmacia a Diamantina depois de terem publicado o meu nome nessa lista de sócios nunca mais tive descanso, é telefonemas, é convites para entrevistas, é cartas, inclusive no passado sábado vieram 17 autocarros do norte com turistas para me ver. Voçês destruiram o meu sossego e a minha vida nunca mais foi a mesma. Mas no fim do mal estar feito não há nada a fazer não é por isso vou contar a minha história de como me tornei Diamantina-ó-depentente.
Eu era ainda jovem tinha completado 34 anos quando desenvolvi um gosto e uma técnica incrivél nesse grande desporto o "Chinquilho", onde se jogava mais na localidade era claro no café do Zé Alves (o moco) eu era entre-pé isto quer dizer que era o penultimo da minha equipa a fazer o lançamento da malha em ferro com um peso de +/- 3 Kg, para um tabuleiro de madeira com um fito também de madeira colocado de pé no centro do mesmo a uma distancia de 11 metros (medidas oficiais). A equipa do pilado era uma das melhores do distrito contando com jogadores como : "Fresquinha","Rogério","Manuel Macacão","Jéu","Rui Galinha","Mário Calvete", e muitos outros que também gostavam de fazer o gosto ao dedo.
Ao entrar em torneios para além dos troféus e prémios atribuidos ás equipas, o chinquilho era um grande evento social naquela altura, depois de realizados os jogos os atletas tinham direito a uma merenda sempre bem regada fosse com cerveja, vinho, ginja, jerupiga, bagaço ou qualquer substancia liquida desde que o alcool fizesse parte da sua constituição.
Eu a príncipio não gostava de bebidas alcoolicas e o cheiro do vinho meu Deus era de morrer, o que me atraía mesmo era o jogo, o barulho do ferro no ferro (Plimm, -"deu-lhe", gritava o endireita pau, como eu gostava de jogar são sempre são. Até que um dia me disseram -"Zé Rabito ó tu começas a beber uns tintos ó então não podes com a malha e para mais isso do sumol só te dá é cabo do estomâgo por causa do gás".
Comecei a beber os meus primeiros traçadinhos e panachés depois o vinho tinto extremo depois mais tarde já bebia digestivo com o café após a refeições e quando estava mesmo mesmo familiarizado com o alcool chegava a beber 3 aguardentes seguidas até um GNR se tornou meu amigo. Tudo estava bem até aparecer a moda que me fez largar o chinquilho e o café do Zé Alves, a moda de todos os homens agarrarem o cu aos outros a principio parecia uma coisa ligeira e insignificante derivado ao calor mas não ,"O apalpar o cu" tinha vindo para ficar e aí não resisti, abandonei a carreira de entre-pé e parti para o meu cantinho mais á frente, aí podia estar sossegado a ingerir taças atrás de taças sem que as minhas calças fossem um incomodo para quem quer que fosse, talvez hoje não estivesse vivo se não fosse a Diamantina, foi lá que fiz novas amizades e cresci como bêbedo já vi muitos partirem........mas voltaram no dia a seguir.

"Jose de Sousa Rabito Magro 63%vol."